Graninha extra!

domingo, 3 de outubro de 2010

Histórias da vida II.

Beleza interior é coisa de arquiteto.

"Filha, agora que você já virou uma mulher, temos que ir ao ginecologista para ver se está tudo bem, ok?"

Céus! Desespero.

-Tá... contanto que seja UMA ginecologista – disse eu.

-Não, filha, vou te levar no Dr. Aroldo, que é o ginecologista da mamãe e fez seu parto. Fique tranqüila que ele já viu sua pererequinha antes mesmo de você nascer! – disse ela, toda risonha.

Engraçado. Muito engraçado. Como se ver minhas intimidades fosse atração de circo ou a coisa mais natural do mundo.

Ela continua:
-E daqui pra frente, pelo menos uma vez por ano, você vai. Sem desculpas. – disse-me, com olhar fuzilador.

Assenti com a cabeça, desejando que ela sofresse uma amnésia permanente ou ficasse muda. Ou as duas coisas, de preferência.
Marquei por telefone mesmo, numa terça á tarde.
Ela foi comigo, lógico. Faz questão de me ver nas situações mais embaraçosas pra depois espalhar pra família toda.

[Flashback: Menarca. Chego em casa desesperada, achando que tinha dado uma “freada” nas calças. Minha mãe, toda emocionada, me dá a notícia de que fiquei “mocinha”. Peço pra ela, morrendo de vergonha de mim mesma, que não contasse pra ninguém. No dia seguinte Churrasco pra comemorar, abraços e beijos. Muita emoção.]

Cheguei na clínica.
Sentei e enfiei as fuças na primeira revista que eu vi, para me esconder. De repente, ouço meu nome! - Vou me fingir de surda - pensei. Mal concluí o pensamento e minha mãe me puxa pelo braço:

-Levanta menina, é sua vez! Não ouviu ele te chamar, não? Larga essa revista!

Rosnei, mas larguei.
Eis que o tal do Aroldo surge.

-Sente-se Vanessa. Vou começar com algumas perguntinhas ta?

-Ta. – respondi.

Caralho! Porque não ia direto ao ponto e acabava logo com aquilo?
Mas ok, perguntinhas, o que tem de mal, né?

- Você já iniciou a sua vida sexual?
- Ahn...sim.
- Com seu namorado?
- Er...n-não.
- Com quantas pessoas você se relacionou nos últimos três meses?

Como assim, QUANTAS PESSOAS?
Olhei pra minha mãe com sangue no zói - vou assassinar esse cara - mas minha querida mãe, sempre muito delicada, respondeu:

-Não doutor, ela não tem namorado. Transou com um rolinho dela! Sabe como é essa juventude Né? Toda moderninha...

Rolinho. ROLINHO!? Que porra é essa? Rolinho de papel higiênico, rolinho de fita adesiva? Que porra é essa, mãe?

-Sim, sei como é – disse ele, segurando o riso - bom Vanessa, agora a senhorita vá até o banheiro, tire toda a roupa e vista a camisola que está atrás da porta.

-Tá.

Aliás, camisola que quase não encontrei de tão transparente. Seria mais fácil ir para lá do jeito que vim ao mundo, mas ok, coloquei, respirei fundo e saí do banheiro parecendo ema, doida pra enfiar a cabeça na terra.
A primeira coisa que eu vi, foi a CADEIRA.


A CADEIRA.
CADEIRA, CADEIRA, CADEIRA... Fiquei repetindo aquilo como um mantra, pra ver se ela desaparecia, explodia, derretia, voava e caía na cabeça do Aroldo, sei lá, qualquer coisa.

-Pode se sentar, querida.

CADEIRA, CADEIRA, CADEIRA...fiquei olhando pra ela com cara de cu.

-Vanessa?
-Ah...sim, sentar.
-Isso. Agora coloca uma perna AQUI e a outra ALI.

Olhei para minha mãe, implorando por misericórdia. Implorando pra que ela dissesse praquele Aroldo que eu nunca houvera feito balé ou ginástica olímpica, de modo que seria impossível fazer aquela abertura. Ela me olhava de um jeito que não consegui definir: uma mistura de dó com deboche. Desisti de estabelecer uma comunicação visual.

-Bom, vou passar esse gelzinho aqui, ó – Ele pegou um potinho e me mostrou - porque normalmente as mulheres ficam muito nervosas com o primeiro exame, e acabam perdendo a lubrificação natural. Certo?

Opa, doutor! Supimpa! Estou fazendo uma abertura, nua, na sua cara, e você vai passar gel na minha “periquita”, claro que tá certo, oras! E nervosa é a senhora sua avó! Porque você não passa gelzinho nela também?

-Ah sim, tudo bem.
-Agora relaxa tá?

Até que relaxei...até que foi bem agradável. Geladinho, gostosinho. Ui.
Cheguei a pensar que esse exame não era tão ruim assim...

-Bom, agora eu vou colocar esse aparelhinho aqui...
-Vai colocar O QUÊ???
-Calma, não vai doer nada. Depois que ele estiver lá dentro, eu vou abrir.
-Vai abrir LÁ DENTRO???
-Sim, mas vou abrindo aos poucos, até onde você aguentar. Aí você fala para eu parar, e eu...
-Então pode PARAR! Nem começa!

O Aroldo olhou para minha mãe, não entendendo nada. Olhei pra ela também; Ela estava séria. Não tinha gostado da brincadeira.

-Hahaha - ri, besta que sou - faz isso logo, por favor.

Foi até que bem agradável, até a hora de ABRIR. Na primeira “abertura”, achei que meus olhos tinham saltado da cara!

-Vejamos... hum, vou ter que abrir mais um pouquinho, ok?

Balbuciei algo do tipo “fidumapfff” e segurei nas laterais daquela CADEIRA. Fiquei com os olhos bem abertos dessa vez, para que eles realmente saltassem, batessem na cabeça do tal Aroldo e o matassem!

-Agora sim. Ah! Olha só o que temos aqui!

Ah olha só! Olha o que temos aqui, venham todos ver, olhem o que temos! O que será, meu Deus? Um útero? Um bebê? Um real?

- Você tem um pequeno machucado, causado pela fricção, mas não é nada para se preocupar. Vou receitar uma pomadinha e também um anti-concepcional adequado. E olha, tenho uma boa e uma má notícia, qual você quer primeiro?

- Me dá a boa, por favor!

- Bom, na verdade a notícia é boa e é ruim, depende de como você encarar. Mas é o seguinte: o seu hímen está praticamente intacto, ou seja, você tem o hímen complacente.

- Compla o quê?

- Complacente, quer dizer que você só perderá a virgindade quando for mãe, ou se quiser operar.

- Ah...

- E isso não é muito bom porque toda a vez que você tiver uma relação, pode doer e sangrar, como se fosse a primeira vez.

- Ah...

- A parte boa é que você faz parte de uma porcentagem mínima de mulheres que ainda podem se sentir como na primeira vez quase todas as vezes.

- Ah...

Dei um sorriso amarelo e fui pra casa, sem entender a parte boa da notícia boa.
E fiquei imaginando, numa roda de amigos falando sobre suas experiências sexuais, alguém me perguntando: “e aí Vanessa, você é virgem?”, e eu respondendo:


“Não. Sou complacente. Muito mais chique.”

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Silêncio.

A gente ás vezes erra a previsão, falha a intuição.


E com tantos sentimentos, tantas emoções... eu poderia sentir uma afeição, um carinho, uma paixão, um tesão, até mesmo uma simples atração. Mas sinto justo isso, esse algo sem razão nem por que.

Eu poderia muito bem esquecer, ignorar, como de costume. Sei que os motivos são mais que convincentes para isso, e teu silêncio grita tão alto que chega a incomodar– mas não me convence.

Eu poderia te garantir o quanto te faria bem meus carinhos, o quão intenso e interessante seriam nossos dias, mesmo que poucos – nunca se sabe – mas é isso: não se troca o certo pelo duvidoso, e eu também prefiro ficar em silêncio. Ele grita! Você consegue perceber?

Ainda que você me dissesse um ”TALVEZ” esperançoso, ou um “NÃO” definitivo, ainda assim, eu não me aquietaria. Sabe porquê?

Não procuro respostas. Não me interessam comparações.

Eu procuro a verdade. Eu procuro a intensidade. Tudo o que eu encontrei em você naquele breve e único momento – ou só eu estava lá?

Você estava lá?

Voltaria lá?

Ficaria lá?

O silêncio diz tudo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Á espera

Os pés batendo no chão, a mão girando a caneta entre os dedos, de um lado pro outro – preciso andar!


Levanto e vou tomar um café. O gosto é amargo, mas fico com ele na boca, pra ver se assim esqueço um pouco dessa angústia, essa sensação que não sei explicar.

Eu já estive por aqui antes, mas dessa vez é diferente. E todas as vezes foram também.
Mas quem não gosta de pensar que dessa vez será diferente das outras vezes que também foram diferentes entre si?

Existe algo maior aí - me deixe crer!

A sensação é boa e ruim ao mesmo tempo.
É bom pensar. É bom lembrar. É bom reviver na mente as coisas mais intensas – o coração vibra, como se a cena se repetisse diversas vezes, da mesma forma, causando o mesmo reboliço, o mesmo alvoroço. ..e eu deixo escapar um sorriso meio tosco.

Mas é ruim cair na real, de que já passou, de que talvez não se repita. É ruim não saber o que se passa na outra mente, se é fato, se é fantasia...e o sorriso dá espaço pro cenho franzido.

Mas há os sinais!
Os sinais dizem muito...principalmente quando são contraditórios.

Meter os pés pelas mãos é coisa de gente apaixonada, desajeitada, que não sabe o que fazer, como agir.

Acho que matei a charada. As duas.

Pobres criaturas!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sua mente não é você.

Cada um nesse planeta tem uma crença, nasce com um molde já pré-determinado pela sociedade, pela moralidade, pela cultura, baseada no passado.


Todos temos uma voz dentro da nossa cabeça, que é a nossa mente.

Muitas vezes, nossa mente toma todas essas coisas que nos foram ensinadas como verdades absolutas e nos torna fanáticos, o que ocasiona limitação, porque não há diálogo, e sim imposição.

Embora não pareça, a voz na nossa cabeça tem vida própria. A maioria de nós pensa que a mente é controlada por nós mesmos, mas vivemos possuídos pelo pensamento, pela mente. E, uma vez que a mente é condicionada pelo passado, então somos forçados a reinterpretá-lo sem parar – estagnação/sofrimento – ou a imaginar cenas futuras – ilusão/sofrimento.

"Ninguém é responsável, portanto, pelas fantasias e ilusões da cabeça de ninguém, nem nós mesmos."

A voz na cabeça conta ao corpo uma história em que ele acredita e à qual reage. Essas reações são as emoções. Estagnação e Ilusão só trazem sentimentos ruins.


A voz da mente perturba continuamente o estado natural de bem-estar. Quase todo corpo humano se encontra sob grande tensão e estresse, mas não porque esteja sendo ameaçado por algum fator externo - a ameaça vem da mente.






 
Esqueça o passado, esqueça o futuro, ignore sua mente - AÍ ESTÁ VOCÊ, verdadeiramente!

Inspirado em Osho, Eckhart Tolle e outros.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Astrologia

Olá!

Encontrei um site bem bacana que faz seu mapa astral, e resolvi compartilhar:
http://www.cigano.net/astrologia/mapa_astral.asp
É necessário saber em que horário você nasceu.
Parece ser bem completo, vou colocar aqui o meu mapa para vocês terem uma idéia...e verem como sou uma pessoa difícil! hahaha.
A leitura é longa, portanto, senta que lá vem história...

Capítulo 1 - DESCRIÇÃO GERAL


Você é valente, decidido, apaixonado e autêntico. Sua grande forca de vontade, forte desejo de conquista e persistência fazem com que, geralmente, consiga realizar os seus propósitos. Também sabe guardar segredo e descobrir o que está encoberto.


Capítulo 2 - TEMPERAMENTO E EMOTIVIDADE
Seu temperamento é volátil e explosivo, mas você não costuma guardar rancor. Seu senso de independência não admite a influencia de terceiros e freqüentemente leva-o a agir impulsiva e irrefletidamente. Possui muita iniciativa mas pouca persistência.


Capítulo 3 - MENTE E COMUNICAÇÃO
Sua mente é altamente perspicaz, pesquisadora e perceptiva do que se passa com os outros. Porem é brutalmente franca, critica e muitas vezes desconfiada. Prefere executar seus planos e atividades sigilosamente. Aprende mais na prática do que nos livros.


Capítulo 4 - SENSIBILIDADE E AFETOS
Sua sensibilidade apaixonada, combinada com as emoções profundas e fortes desejos sexuais, faz com que você. seja sensual e ciumento, podendo tornar-se vingativo se achar que foi traído. Possui boa capacidade psíquica e sente-se atraído pelo oculto.


Capítulo 5 - ATIVIDADE E CONQUISTA
Você gosta de participar ativamente de um negócio, clube ou organização e costuma encorajar para cada um cumprir sua parte no esforço do grupo. Você é pessoa progressista e dinâmica e tem sucesso no mundo dos negócios.


Capítulo 6 - SENTIMENTO E ÊXITO
Você tem bom coração, é pessoa generosa e fácil de se lidar. Gosta de participar de programas e atividades que visem o bem estar dos necessitados. Precisa dedicar-se a poucos objetivos para não desperdiçar suas energias.


Capítulo 7 - ESFORÇOS E LIMITAÇÕES
Sua visão profunda, objetiva e pratica de filosofia, política, religião e educação, a respeito das quais é bastante critica e até céptico, permite-lhe tornar-se uma autoridade nestes assuntos. Porem, você tende a adotar atitudes dogmáticas.


Capítulo 8 - ORIGINALIDADE E INDEPENDÊNCIA
A liberdade de expressão em qualquer campo é extremamente importante. Adota prontamente os novos conceitos religiosos e tende fortemente para a parapsicologia e metafísica. É compassivo, otimista e liberal, tem senso de humor e gosta de viajar.


Capítulo 9 - IMAGINAÇÃO E PSIQUISMO
Apesar de interessar-se pela meditação e ensinamentos antigos, tende a evitar o misticismo metafísico e as manifestações psíquicas. Você esta mais voltado para aplicar as descobertas, invenções e sua natureza espiritual para melhorar a vida diária.


Capítulo 10 - TRANSFORMAÇÃO E DESTINO
Sua intensidade emocional, sensibilidade em relação ao meio-ambiente e curiosidade por tudo que ainda não foi revelado, impulsionam-no a penetrar, profunda e, ás vezes, implacavelmente nos mistérios da vida.


Os pontos mais relevantes de seu Mapa Astral


- Você é inteligente e criativo e tem a necessária forca de vontade para transformar suas idéias em realidade. Costuma comunicar-se com facilidade mas é altamente subjetivo e incapaz de ver-se como realmente é ou age.


- Você tende a ser pessoa impulsiva, ambiciosa e torna-se brusca e agressiva quando não consegue realizar suas ambicoes.Tem capacidade de liderança e capacidade de direção, mas com propósitos reformistas. Tem forte vitalidade, mas tende para os estados febris. Segure mais seus rompantes e impulsividade.


- Você tem mente muito ativa e enérgica, mas também irritadiça, parcial e precipitada. Gosta de argumentar, mesmo sem conhecer todos os fatos e tende também a satisfazer sua extremada ambição a qualquer preço, às vezes através de praticas pouco ortodoxas. Ficar vigilante contra tirar conclusões apressadas e ouvir mais podem aumentar e muito sua perspectiva de êxito na vida.


- Tem extraordinária capacidade para perceber as motivações e problemas das outras pessoas e pode ajudá-las muito. Sua desorganização mental e falta de realismo tende a criar-lhe desapontamentos no amor e dificuldade nos estudos alem de fazer-lhe esquecer coisas importantes. Mais pé-no-chão é o segredo do êxito.


- Suas paixões são intensas e profundas e enquanto não forem satisfeitas você não sossega. Possui talento artístico que costuma manifestar-se através da preferencia pelo drama, musica, ópera e enredo musicado.


- Seu dinamismo torna difícil aos outros lhe acompanharem. As vezes sente-se possuído por uma grande forca e zelo. Consegue resistir a pressão dos negócios rápidos e cansativos.Tem boas condições físicas e é original e inventivo no trabalho.


- Você mesmo costuma limitar sua chance de êxito na vida porque não tem suficiente autodisciplina e experiência ou carece de inspiração e autoconfiança para conseguir a cooperação dos outros. Ainda não aprendeu a apresentar-se no lugar certo e momento oportuno. É preciso desenvolver mais a auto-disciplina para Ter mais êxito na vida.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Histórias da vida.

Tive uma bisavó, Josefina, que era, na verdade, mãe de criação de minha avó. A “Dinda”, como eu a chamava, nunca havia tido filhos. Morava com o marido e com minha avó em uma fazenda.
Quando minha avó se casou, o marido de Dinda faleceu. Deu-se então que Dinda foi morar com meu avô e minha avó. Me lembro que ela era muito dedicada com os serviços domésticos, lavava tudo, cozinhava muito bem e não deixava que ninguém a ajudasse. Era uma boa pessoa, apesar de educar com certa frieza minha avó – o que rendeu e ainda rendem várias histórias de palmadas e situações constrangedoras que minha avó conta.

O tempo foi passando e Dinda foi envelhecendo. Até que chegou ao ponto de não nos reconhecer mais, de não andar e nem comer sozinha. Toda vez em que eu e minha família visitávamos meus avós, a primeira coisa que eu fazia era passar no quarto da Dinda e dizer: “Oi Dindinha”, ao que ela respondia “Hein?” e eu repetia o cumprimento, falava meu nome e pedia a benção. Ás vezes ela me reconhecia, ás vezes não, mas sempre dava a benção.



Incrivelmente, talvez por esse costume meu, antes de falecer, minha avó me disse que ela falara muito em meu nome, perguntara muito de mim. Mas como ela estava com a cabeça um pouco atrapalhada, ela falava como se eu ainda fosse um bebê. Minha avó então comprou-lhe uma boneca. Ela cuidava e ninava essa boneca como se fosse eu.


Lembro de uma vez em que a peguei fazendo carinho na boneca. Perguntei : “Dinda, quem é esse bebê que a senhora tanto faz carinho?”, e ela respondeu: “É a Vanessinha, olha que lindinha...ela não sabe, mas é um anjo. Um anjinho que veio para trazer muita alegria pras pessoas” – e tascou um beijo na testa da boneca.

Eu sorri, agradecida, passei a mão nos cachinhos brancos dela e saí do quarto.
Hoje parei pra pensar nela e me lembrei desta e de outras coisas, e talvez pelo fato de ela ter dito o que disse, inconscientemente eu esteja sempre procurando uma forma de fazer as pessoas sorrirem, sempre!
Até hoje, quando vou visitar meus avós, passo no quarto da Dinda e digo: “Oi Dindinha!"


“Obrigada! Quero que a senhora saiba que eu estou fazendo o possível para cumprir o meu papel.”

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Enchendo linguiça

Estamos em julho. E, bem, não tenho nenhum texto pra postar.


Vou encher lingüiça então, falando um pouco da minha vida durante esses tempos. Não que seja algo de interessante, mas é melhor do que ficar sem postar. Ou não.

Estou solteira. Novamente um namoro relâmpago – pago um preço salgado pela impulsividade – e novamente um garoto feito de bobo, conforme o que o garoto mesmo me disse.
Disse-me também que fui egoísta, por querer terminar o namoro sem o conhecimento(?) dele. E que minha atitude foi covarde, porque eu não deixei-lhe escolha - Eu coloquei um ponto final e fim.
Sem saber muito o que dizer, disse que fui sincera, o tempo todo – inclusive estava sendo naquele momento. E que, se ser sincera implica em ser egoísta e covarde, pois então eu era mesmo egoísta e covarde. E pedi desculpas.

Longe de querer ser sínica, por favor, vos pergunto: para terminar um namoro, ambas as partes precisam concordar com isso? Preciso pedir permissão pra terminar, ou avisar com antecedência e cumprir aviso prévio?

Entre outras coisas, também pensei no respeito. Acima de tudo, respeito muito as minhas vontades. Não gosto de fazer nada sem vontade – e não faço.
Respeito também a vontade dos outros, e aí sim, abro várias exceções – quando tenho vontade!

Frescura? Arrogância? Egoísmo?

Não é bem por aí. O buraco é bem mais embaixo.
E quando eu descobrir o quão baixo fica esse buraco e o quê fazer com ele, eu venho aqui contar para vocês.

Boa quarta!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Liberdade condicional

Não quero Liberdade condicional

Mandar relatórios detalhados de idas e vindas

Pessoas e coisas

Interesses , intenções.

Ligações perdidas

Não atendidas,

Porquê Porquês?

Me dê você motivos,

Não condições

Pra eu gostar de você.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Desabafo

.
Questão de maturidade é como tudo na vida.

Relativo.

Julgar sem conhecer é a coisa mais fácil. Ofenderia só se partisse de alguém que me conhecesse bem...isso explica muita coisa a respeito do que sinto agora.

Cair na boca do povo é a coisa que mais faço sem esforço. Assim como dormir. E ainda que ambas as coisas dessem dinheiro, dormir seria um dos meus hobbys de milionária.

Meu passado não me condena, as pessoas sim. Não tenho problema nenhum em assumir as merdas que fiz, não sou e nunca fui santa e certas pessoas já não tem mais idade para acreditar em santas, fadas e gnomos.

A palavra, hoje, não vale mais nada. Fazer-se acreditar é muito difícil, e é um esforço que me perturba, porque eu não deveria fazer esforço nenhum! Tenho preguiça de mentir, porque eu sei o trabalho que dá pra se explicar depois. Admiro os mentirosos – são quase uma máfia italiana, complexos, inteligentes. Mas sou simples, sou burra e tenho preguiça.
Acho engraçado quando as pessoas “vacinadas” começam a tomar cuidado comigo, a duvidar do que digo. Ou então dizem que gostam de mim, mas ficam á espreita, só esperando uma vacilada pra me mandar pro inferno e jogar coisas na minha cara.

Qual é?

Sabe, eu estou vivendo. Essa vida é a única que vou viver e acho justo aproveitá-la ao máximo, enquanto sou jovem. Medo de me arrepender já não tenho há muito tempo, e medo do que vão dizer não impede mais nenhum desejo meu – estou livre! - E, puta merda, como estou feliz assim!

E como eu queria que todos experimentassem dessa liberdade.

Maturidade? Veja bem...deveria começar por cuidar da própria vida.

"E não vou tolerar ninguém que não me faça ter sentimentos incríveis."

-Incrivelmente bons!
.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hipocrisia

.
Não tolero intolerância, o que já faz de mim intolerante.

Tenho preconceito com quem tem preconceito, o que já faz de mim preconceituosa.

Não tolero e tenho preconceito com hipócritas, o que já faz de mim...hipocrisia.
.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ensinando a viver

Hoje vi, no MSN, uma frase que me fez pensar. A frase era:

“Quem não se prende a pessoas e desejos jamais terá seu coração despedaçado. Mas será que irá viver?”

Dizem que precisamos sempre ir fundo, se entregar de corpo e alma a um desejo, uma pessoa, um objetivo, pois só assim poderemos dizer que vivemos inteiramente, intensamente. Que só poderemos ser plenamente felizes se agirmos desta forma, por mais que “despedacem o coração da gente” – isso é VIVER.


Outros dizem que precisamos ir com calma, pensar, analisar prós e contras antes de se deixar guiar pelo desejo, pelos sentimentos, para não se machucar no meio do caminho e não se arrepender. Jamais ter, conforme a frase de MSN, seu coração despedaçado. Cautela – isso é VIVER.
Todo mundo sabe ensinar a viver, e todo mundo tem o péssimo hábito de querer estar certo sempre. Mas quem VIVE?

Não acho que exista e, na verdade, não admito que me digam que exista uma fórmula para viver. Não vejo problema em ter o coração despedaçado, várias e várias vezes- você está VIVO e, portanto, SUSCEPTIVEL a isso.

Também não vejo problema em ser cauteloso, uma vez que você não queira mais ter que juntar seus pedaços de novo e de novo– você criou um limite para sua vida, e isso é bom! A vida é sua e você põe os limites que desejar. Do jeito que você preferir. Do jeito que você se sentir bem.

Dizer se vale a pena ou não seguir esta ou aquela fórmula já não cabe a mim. Cada um sabe sua maneira de viver.

Quero deixar aqui hoje, uma dica:

Aprenda a viver. Á sua maneira.
Deixe que cada uma viva da forma que quiser. Se a pessoa é feliz ou não, cabe a ela decidir se muda ou não os hábitos. Julgar e criticar jamais - quem somos nós? Quem sou eu? Quem é você?

Á parte disso, VIVA A VIDA!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Necessidade de culpar

Neste final de semana que passou, tive o grande prazer de ver minha família materna (quase) reunida para comemorar o aniversário de 52 anos da ilustríssima dona Mara, minha mãe.


Só pra explicar o “quase” reunida: meus pais são separados, minha mãe casou-se novamente e, por alguma estupidez que eu não consigo enxergar, meu avô (pai da minha mãe) e meu irmão não fazem questão de ficar na presença deste novo membro da família, nem mesmo no aniversário da própria filha/mãe. Portanto os dois, exclusivamente, não compareceram – o que já era de se esperar, mas, este é outro assunto.

Na festa havia, entre familiares e amigos, umas 12 pessoas. Todas conversando ao mesmo tempo, rindo, comendo, aquela muvuca de sempre que eu já estou acostumada e que até gosto. Exceto quando começam as “panelinhas” e os assuntos inconvenientes, desapropriados para a ocasião - que deveria ser de alegria.

No fim da festa, quando ficou eu, minha mãe, meu padrasto e minha tia, começaram as histórias cabeludas. Histórias essas que, obviamente, quem contava era sempre a vítima e culpava alguém pelo sofrimento vivido por elas. Sim, ELAS, no feminino, porque é sempre a mulher que sofre, na visão deturpada da minha mãe e da minha tia. Pois bem, de todas as histórias contadas, lamentadas e dramatizadas, o final era sempre o mesmo: “Se hoje eu tive que casar de novo, foi por culpa do Fulano!”, “ Se hoje eu estou acabada e sou arrogante desse jeito, a culpa é da Fulana”, “Eu não tenho dó da Fulana porque foi por causa dela que eu passei por tudo isso”, “Se eu não tenho o amor dos meus filhos é por culpa de Fulano!”, e etc., etc., etc...

Engraçado como é difícil para algumas pessoas assumir a responsabilidade dos próprios atos. Elas necessitam encontrar culpados, talvez pra livrar a própria cara e assim sentirem-se bem, e mostrar para os outros e pra si mesmas o quanto sofreram, para ganharem um pouco de compaixão alheia, e até mesmo auto-piedade. É triste ver que elas não sabem que a vida delas pertence a elas, e que tudo o que elas fazem, os caminhos que escolhem, são responsabilidade delas mesmas. As escolhas e as conseqüências são exclusivamente delas!

Eu pensava muito sobre isso enquanto as ouvia. Tive uma vontade quase que incontrolável de dizer algumas coisas, do tipo:

Se apaixonou e sofreu porque não foi correspondido? A culpa é SUA.

Que culpa a outra pessoa tem de ser interessante o suficiente para você ter se sentido atraído por ela? Reciprocidade não é obrigação e o mundo não gira em torno do seu umbigo.

Fez merda por causa de alguém, se arrependeu, sofreu porque perdeu algumas amizades por causa da merda, tentou consertar e deu em merda de novo?

Paciência, amigo. Perdão não é “bom dia”, e esse sofrimento é só uma conseqüência da merda que VOCÊ fez, mesmo que tenha sido por causa de alguém ou de alguma coisa. Desencana e vê se não faz merda de novo.

Pensei melhor depois, em casa. Talvez eu só piorasse as coisas. E talvez eu fosse A CULPADA eterna por ter feito com que elas vissem que elas sim eram as verdadeiras culpadas. E eu não quero levar a culpa, oras.

Já que a culpa tem que ser de alguém, que não seja minha.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A flecha

Não mirei, mas atingi em cheio. Coube a mim, portanto, retirar a flecha fincada no alvo.

Não soube ao certo como fazê-lo, se com cuidado ou sem cerimônias. Apenas observei por uns instantes. O olhar era aflito, como que tendo pressa e ao mesmo tempo querendo esperar.

Fiz o necessário para que fosse um processo tranqüilo. Por sorte, apenas a ponta da flecha estava alojada, de modo que não precisei de muito esforço, porém tive que tomar cuidado para que ela não rompesse, ou danificasse ainda mais o alvo – outras pessoas ainda hão de utilizá-lo, e preciso de minha flecha intacta.

Pude perceber que o estrago parecia menor enquanto ela estava alojada, mas ainda assim era um estrago. Agora, ao menos, poderá ser reparado.

- Você vai escrever sobre isso? – perguntou-me, certo de uma resposta afirmativa.

Eu deveria. Mas porque devo, não me interessa escrever.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Tudo que vai...

Eu sempre o quis para algum momento oportuno de minha vida. Mas você me fez surpresa, me pegou desprevenida – ora, já começara tão cedo com as travessuras?

Talvez perdesse algumas boas oportunidades dali em diante, mas logo pensei que nenhuma oportunidade seria mais importante do que esta que acabara de me acontecer.

O pedaço de papel já úmido em minhas mãos anunciava uma nova etapa. Olhava através dele e via um filme, dois, três, vários, como se pudesse prever toda a sua vida, ano após ano, fase á fase. E em todas as cenas, você sorria. Em todas as cenas que eu fantasiava você sempre me sorria, me abraçava e me beijava. O protagonista da minha história já não era eu.

Tudo o que pude fazer foi sorrir, como se finalmente te reconhecesse, te aceitasse e me perdesse, afinal.
Chorei também, entenda – era medo.
Aquele medo gostoso do que é novo, do que há para ser descoberto.

Fiz demasiados planos. Estava disposta a mudar tudo, completamente, tudo para seu total bem estar. Pense que meu orgulho ferrenho jamais me deixaria fazer isto por ninguém. Foi aí que me dei conta que tudo começara a fazer sentido. Nada mais me importava, nem minha própria vida – exceto se fosse em detrimento da tua.

Eu não sabia quem você era ou seria. Mas você seria meu e eu, seria sua. Ensinaria-te todas as coisas deste mundo cão, mostrar-te-ia os caminhos mais seguros...




 

Eu abri todas as portas de minha casa, eu abri meus braços. E tentava imaginar o que teria feito de errado.
Talvez você estivesse arrependido. Talvez não fosse a hora. Talvez nada do tudo que oferecera a ti fosse suficiente. Isto, nunca saberei.

Vazio? Não senti e não sinto.

Vazio eu sentia antes de tudo isso! Tive a oportunidade de viver tantas experiências, e sentir tantas coisas que jamais imaginaria ser capaz. Como, então, sentir vazio?
Você me completou, me somou. Tornou-me uma pessoa muito melhor.
Mesmo que por pouco tempo juntos, aprendi muito e sei que estará comigo sempre.
Sabe, eu nunca gostei de perder...
Mas mesmo perdendo, você me fez ganhar e muito!

Aonde quer que esteja,
Muito Obrigada!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Woman in Chains

Olá.
Hoje, dia 8 de Março, é dia internacional da Mulher.
Infelizmente, não consegui encontrar um tempo para escrever o que eu realmente gostaria de postar aqui, em homenagem, porém, segue um vídeoclip de uma música que explica um pouco do que eu gostaria de expressar neste dia, á todas as mulheres do mundo.

PARABÉNS PARA TODAS NÓS!

Espero que gostem.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Coração

Peço desculpas, eu só te faço sofrer.
E tudo que eu mais queria era poder te fazer feliz!
Eu sinto muito, não sou o que você espera de mim, nem o que eu espero de mim!

Eu não sou nada, apenas uma criança perdida na escuridão.
Na escuridão de meus próprios pensamentos.
Escuridão que me assusta.

Queria ajuda, queria sair daqui, queria fugir.
Você sabe, já estou há muito tempo aqui.
Tanto que tenho medo de sair.
Tenho medo que você entre!
E você sempre bate
Na porta.

A culpa não é sua, não é minha, também.
Você escolheu o peito errado.
Mas você quer ficar comigo, quer me ter ao seu lado, mesmo que seja por um único instante.
Você me sufoca, é irritante
E você sempre bate
De frente.

Peço desculpas por todas as vezes que te fiz chorar.
Erro bastante, não sou tão especial quanto você e as vezes acho que não o mereço por não o tratar como deveria.
Já desisti de você várias vezes, porquê você não desiste de mim?
Sempre que te deixo, você volta
Mesmo eu sendo essa pessoa complicada.
E você sempre bate
Na mesma tecla:

“Amo muito você, e és muito importante para mim.”

Só espero não acabar esta minha sorte,
Sorte por ainda ter você em minha vida.
Apesar de muita gente pensar que você já me deixou,
Eu que sempre deixo você
E você sempre bate...

Seja forte!
Ainda vou te mandar embora muitas vezes.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Companhia

Não saberia dizer o que fazer para ser uma companhia verdadeira. Eu, de corpo presente, não estou aqui. Não nasci para completar ninguém. Cresci só fazendo aumentar minha incompletude. Tem gente que sabe, desde criancinha, o que vai ser quando crescer. Tem gente que tem sonhos inabaláveis. Tem gente que até se julga feliz...
Há mulheres que se julgam completas com marido e filhos. A verdade é que eu nunca quis saber de carregar marido nas costas nem filhos agarrados às pernas.
Tenho o ventre seco.
Carregado de desejo, mas oco.
Um ventre feito para contrações sexuais, e não para gerar e guardar vida. Pena o sexo ser ocioso e momentâneo. O amor nos ilude por um certo tempo... Mas este vazio eu não quero preencher. Sou plena em minha incompletude, aprendi a me aceitar assim e não espero compreensão, nem a minha própria.
Admiro os que se completam. Os que seguem o ciclo da vida sem muitas dúvidas. Os que crêem em Deus. Os que crêem na humanidade, enfim, admiro os que crêem. E me solidarizo com os que duvidam. Os que duvidam, como eu, também não me parecem boas companhias. Os que duvidam, como eu, também se calam, se reservam. Os que duvidam apostam alto, perdem tudo. Ou ganham e duvidam, jogam tudo fora. Os que duvidam têm olhares desconfiados, têm olheiras, têm insônias, têm angústias, são instáveis, são péssimas companhias, são terríveis influências. Os que duvidam são infelizes e padecem de uma melancolia quase que doce, necessária.
Eu gostaria de ser companhia para as pessoas que amo, de me sentir preenchida pelo amor que me dedicam. Mas o amor tem suas regras e eu tenho horror a ser aprisionada.
Então eu vôo para longe.
Vôo com essa sensação de cair.
Esse estranho abismo sob os pés no chão.
E sequer posso me dizer má companhia, porque não chego a ser companhia de verdade para ninguém. Os livros me fazem companhia, os filmes me fazem companhia, até peças de teatro me fazem companhia, mas pessoas de corpo presente, não. Pessoas de corpo presente são abruptas e imprevisíveis. Pessoas me assustam e fazem-me recolher em mim. Talvez seja por isso que eu goste tanto de arte. A arte é uma mediação entre as pessoas e eu. Entre o escritor e eu, há o livro. Entre o ator e eu, o personagem. Entre o cineasta e eu, há imagens projetadas na tela. Entre o músico e eu, há a letra e há a melodia. Entre o artista e eu, há a arte. E é ela que sempre me acompanha, de fato.
Entre eu e você, há este texto, há esta tela. Mas te asseguro que aqui eu sou inteira como nunca me verá em lugar algum. Aqui não tenho medo de beirar o ridículo com essa minha mania de escrever baboseira pra caralho só pra exorcizar meus demônios quando me pego melancólica.

 Aqui, e somente aqui, eu posso ser uma companhia (boa ou má, mas verdadeira) para você que me lê.
Escrever é dar um drible na solidão, mesmo que o passe saia errado.


Acho que é isso.
Não há mais o que eu possa fazer para ser uma companhia verdadeira.
Eu, de corpo ausente, estou aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Amor incondicional? Sem condições...

Duvido de quem diz que ama incondicionalmente. Penso que a pessoa se confunde: ela GOSTA incondicionalmente.
Quando você gosta incondicionalmente, não espera necessariamente que o outro goste de você também. Se gostar, beleza, se não gostar, beleza também.
Quando você AMA, você quer e MUITO que a pessoa em questão te ame também.
Pseudo-evolucionistas pregam que não devemos esperar nada das pessoas, devemos simplesmente amar incondicionalmente.
É bonito dizer que amamos incondicionalmente, sem querer nada em troca. Dá a impressão que somos “humildes”, “evoluídos espiritualmente”. Mas já parou pra pensar que isso não faz sentido?
Quem você conhece que, ao prestar vestibular, não espera passar?
Quem você conhece que, ao conseguir um bom emprego, não espera ser reconhecido?
Quem não espera evoluir, progredir, seguir sempre em frente, em todos os rumos da vida, para seu PRÓPRIO bem?
Quem ama sem esperar ser amado?
Isso não é estranho?
Sejamos francos, ninguém ama incondicionalmente. Somos naturalmente egoístas.
Ser egoista é colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona.
Ser humilde e evoluído espiritualmente poderia ser, talvez, tomar consciência disso e aceitar como natural, porque É natural ser egoísta, apesar de ser algo mal visto pela sociedade.
Amar incondicionalmente NÃO é natural. É muito bonito, mas é puro delírio, uma fantasia deveras maluca.
É mais uma das inúmeras peças que a nossa mente prega na gente, baseada no que nos ensinam, no meio em que a gente vive. Amar incondicionalmente é visto como um ato "BOM".
O amor próprio também é "BOM".
Porque ser egoísta é ruim, se é natural e tem ligação direta com o amor próprio?

O que seria a evolução afinal? Ser natural, reconhecer e aceitar certas “falhas”, ou refletir sobre o assunto e tentar ser “bom” perante a sociedade ou á você mesmo?
O que seria BOM, de fato, pra você, e pra mim, e pra sociedade, e o escambau?
E mais, como não ser hipócrita com tanta informação diferente mudando a todo momento o conceito de bom e mau, certo e errado?

RESPEITO: A BASE DE TUDO.

Ah! Que loucura ser humano!
Que delícia!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Seja Vegetariano?

Vou começar basicamente falando sobre respeito. Tentar fazer alguma pessoa virar vegetariana sem ela querer é falta de respeito, assim como ridicularizar quem não come carne. Encher a cabeça de carnívoros com coisas do tipo “Vegetarianos trepam melhor”, “vegetarianos beijam melhor”, “vegetarianos são mais felizes”, “vegetarianos vivem mais”, “Jesus era vegetariano” é um pé no saco. Sem falar que nem há uma preocupação com os pobres dos animais, e sim, com a modinha que é fazer parte do grupo, da gangue ou seja lá o que for, de vegetarianos. A filosofia agora é trepar melhor. É apelar pra crença religiosa. É fazer com que ela saiba que quem come carne é mau, quem não come é bom.

A definição do bem e do mal vai bem mais além do que comer ou não carne, bem mais além de questões filosóficas, religiosas ou qualquer outra coisa. É subjetivo.
Dizer, por exemplo, que eu não sou má porque não sou eu que mato o bicho, também não vem ao caso. Assim como dizer que não matar e comer é coibir.
Calma. Só estou querendo dizer que ninguém é melhor do que ninguém apenas pelo fato de ser vegetariano. Isso não é um “plus”, é só uma filosofia de vida. Quem tem, tem. Quem não tem, não tem e boa.
Vegetarianos que se gabam e carnívoros que se estressam com isso são tipos que me torram a paciência e não tem nada a acrescentar.
Meus melhores amigos são vegetarianos, o que não faz de mim pior, ou deles melhor.
Vegetarianos e carnívoros, por favor, abram suas mentes.
Se respeitem.