Graninha extra!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Desabafo

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Questão de maturidade é como tudo na vida.

Relativo.

Julgar sem conhecer é a coisa mais fácil. Ofenderia só se partisse de alguém que me conhecesse bem...isso explica muita coisa a respeito do que sinto agora.

Cair na boca do povo é a coisa que mais faço sem esforço. Assim como dormir. E ainda que ambas as coisas dessem dinheiro, dormir seria um dos meus hobbys de milionária.

Meu passado não me condena, as pessoas sim. Não tenho problema nenhum em assumir as merdas que fiz, não sou e nunca fui santa e certas pessoas já não tem mais idade para acreditar em santas, fadas e gnomos.

A palavra, hoje, não vale mais nada. Fazer-se acreditar é muito difícil, e é um esforço que me perturba, porque eu não deveria fazer esforço nenhum! Tenho preguiça de mentir, porque eu sei o trabalho que dá pra se explicar depois. Admiro os mentirosos – são quase uma máfia italiana, complexos, inteligentes. Mas sou simples, sou burra e tenho preguiça.
Acho engraçado quando as pessoas “vacinadas” começam a tomar cuidado comigo, a duvidar do que digo. Ou então dizem que gostam de mim, mas ficam á espreita, só esperando uma vacilada pra me mandar pro inferno e jogar coisas na minha cara.

Qual é?

Sabe, eu estou vivendo. Essa vida é a única que vou viver e acho justo aproveitá-la ao máximo, enquanto sou jovem. Medo de me arrepender já não tenho há muito tempo, e medo do que vão dizer não impede mais nenhum desejo meu – estou livre! - E, puta merda, como estou feliz assim!

E como eu queria que todos experimentassem dessa liberdade.

Maturidade? Veja bem...deveria começar por cuidar da própria vida.

"E não vou tolerar ninguém que não me faça ter sentimentos incríveis."

-Incrivelmente bons!
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hipocrisia

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Não tolero intolerância, o que já faz de mim intolerante.

Tenho preconceito com quem tem preconceito, o que já faz de mim preconceituosa.

Não tolero e tenho preconceito com hipócritas, o que já faz de mim...hipocrisia.
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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ensinando a viver

Hoje vi, no MSN, uma frase que me fez pensar. A frase era:

“Quem não se prende a pessoas e desejos jamais terá seu coração despedaçado. Mas será que irá viver?”

Dizem que precisamos sempre ir fundo, se entregar de corpo e alma a um desejo, uma pessoa, um objetivo, pois só assim poderemos dizer que vivemos inteiramente, intensamente. Que só poderemos ser plenamente felizes se agirmos desta forma, por mais que “despedacem o coração da gente” – isso é VIVER.


Outros dizem que precisamos ir com calma, pensar, analisar prós e contras antes de se deixar guiar pelo desejo, pelos sentimentos, para não se machucar no meio do caminho e não se arrepender. Jamais ter, conforme a frase de MSN, seu coração despedaçado. Cautela – isso é VIVER.
Todo mundo sabe ensinar a viver, e todo mundo tem o péssimo hábito de querer estar certo sempre. Mas quem VIVE?

Não acho que exista e, na verdade, não admito que me digam que exista uma fórmula para viver. Não vejo problema em ter o coração despedaçado, várias e várias vezes- você está VIVO e, portanto, SUSCEPTIVEL a isso.

Também não vejo problema em ser cauteloso, uma vez que você não queira mais ter que juntar seus pedaços de novo e de novo– você criou um limite para sua vida, e isso é bom! A vida é sua e você põe os limites que desejar. Do jeito que você preferir. Do jeito que você se sentir bem.

Dizer se vale a pena ou não seguir esta ou aquela fórmula já não cabe a mim. Cada um sabe sua maneira de viver.

Quero deixar aqui hoje, uma dica:

Aprenda a viver. Á sua maneira.
Deixe que cada uma viva da forma que quiser. Se a pessoa é feliz ou não, cabe a ela decidir se muda ou não os hábitos. Julgar e criticar jamais - quem somos nós? Quem sou eu? Quem é você?

Á parte disso, VIVA A VIDA!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Necessidade de culpar

Neste final de semana que passou, tive o grande prazer de ver minha família materna (quase) reunida para comemorar o aniversário de 52 anos da ilustríssima dona Mara, minha mãe.


Só pra explicar o “quase” reunida: meus pais são separados, minha mãe casou-se novamente e, por alguma estupidez que eu não consigo enxergar, meu avô (pai da minha mãe) e meu irmão não fazem questão de ficar na presença deste novo membro da família, nem mesmo no aniversário da própria filha/mãe. Portanto os dois, exclusivamente, não compareceram – o que já era de se esperar, mas, este é outro assunto.

Na festa havia, entre familiares e amigos, umas 12 pessoas. Todas conversando ao mesmo tempo, rindo, comendo, aquela muvuca de sempre que eu já estou acostumada e que até gosto. Exceto quando começam as “panelinhas” e os assuntos inconvenientes, desapropriados para a ocasião - que deveria ser de alegria.

No fim da festa, quando ficou eu, minha mãe, meu padrasto e minha tia, começaram as histórias cabeludas. Histórias essas que, obviamente, quem contava era sempre a vítima e culpava alguém pelo sofrimento vivido por elas. Sim, ELAS, no feminino, porque é sempre a mulher que sofre, na visão deturpada da minha mãe e da minha tia. Pois bem, de todas as histórias contadas, lamentadas e dramatizadas, o final era sempre o mesmo: “Se hoje eu tive que casar de novo, foi por culpa do Fulano!”, “ Se hoje eu estou acabada e sou arrogante desse jeito, a culpa é da Fulana”, “Eu não tenho dó da Fulana porque foi por causa dela que eu passei por tudo isso”, “Se eu não tenho o amor dos meus filhos é por culpa de Fulano!”, e etc., etc., etc...

Engraçado como é difícil para algumas pessoas assumir a responsabilidade dos próprios atos. Elas necessitam encontrar culpados, talvez pra livrar a própria cara e assim sentirem-se bem, e mostrar para os outros e pra si mesmas o quanto sofreram, para ganharem um pouco de compaixão alheia, e até mesmo auto-piedade. É triste ver que elas não sabem que a vida delas pertence a elas, e que tudo o que elas fazem, os caminhos que escolhem, são responsabilidade delas mesmas. As escolhas e as conseqüências são exclusivamente delas!

Eu pensava muito sobre isso enquanto as ouvia. Tive uma vontade quase que incontrolável de dizer algumas coisas, do tipo:

Se apaixonou e sofreu porque não foi correspondido? A culpa é SUA.

Que culpa a outra pessoa tem de ser interessante o suficiente para você ter se sentido atraído por ela? Reciprocidade não é obrigação e o mundo não gira em torno do seu umbigo.

Fez merda por causa de alguém, se arrependeu, sofreu porque perdeu algumas amizades por causa da merda, tentou consertar e deu em merda de novo?

Paciência, amigo. Perdão não é “bom dia”, e esse sofrimento é só uma conseqüência da merda que VOCÊ fez, mesmo que tenha sido por causa de alguém ou de alguma coisa. Desencana e vê se não faz merda de novo.

Pensei melhor depois, em casa. Talvez eu só piorasse as coisas. E talvez eu fosse A CULPADA eterna por ter feito com que elas vissem que elas sim eram as verdadeiras culpadas. E eu não quero levar a culpa, oras.

Já que a culpa tem que ser de alguém, que não seja minha.